Um filme independente, de produção estadunidense, muito pouco
circulado. Uma obra que coloca personagens como Diego Rivera e Orson
Welles em uma mesma época, numa mesma cidade. É a Nova Iorque de finais
da década de 1930. Welles encabeça a
produção de uma peça teatral sobre a dominação e exploração do barão do
aço sobre uma cidade e a criação de um sindicato, Rivera pinta o hall de
entrada do magnata Nelson Rockefeller com a sua visão da revolução
socialista. Um país saindo da fase de depressão econômica e entrando no
pré-Segunda Guerra Mundial, descortinando relações de poder que pouco
importam qual o lado que se está – desde que seja o do dinheiro. O Pode
vai Dançar é um daqueles filmes que dobra em sua diegética a linha do
tempo real e coloca fatos não tão contemporâneos em um mesmo cenário,
fazendo sentido e construindo uma análise crítica-histórica sobre o
entendimento do que é o capitalismo de Estado empregado ao longo do
século XX nos Estados Unidos – e consequentemente nas ramificações de
seu imperialismo.
As cenas e diálogos envolvendo a comissão do congresso sobre o final
do Teatro Nacional Federal (de financiamento público) são impagáveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário